quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Autotravessia

O zoográfica é meio quântico. Eu passo um tempo sem postar ou sendo lacônica, aí ~do nada~ os artigos aparecem em pacotes!

[/início-de-uma-enorme-contextualização-pessoal-que-fará-este-blog-parecer-algo-de-1999-ou-2000]

Já fazia muito, muito tempo que eu não pintava. Depois que saí da faculdade, não arranjei mais ateliê, e fica bastante difícil pintar a óleo (ou mesmo acrílico) em apartamento. Esse não foi um processo rápido, e não foi apenas uma questão de falta de espaço. Com o tempo, pensei em mercado também. Por mais elitizado que seja o que se chama de "arte", em parte fui passando da pintura para a gravura por esta última, em todos os sentidos, atingir um público cadinho mais amplo: você tira várias cópias, elas ficam mais baratas, é muito mais tranquilo para guardar e organizar em casa, é super fácil de mandar pelo correio e espalhar pela garrafa de Klein pelo planeta, trocar... enfim, é tudo mais leve.

Mas razões não são a única razão, e a pintura, mesmo não tendo mais a primazia (LOL que palavra bonita, nunca uso xD), não deixa de me tocar.

Há mais tempo ainda, eu tinha outro assunto a resolver: as paredes do meu quarto. Elas têm camadas e mais camadas de rabiscos de toda a minha infância, família, primos, amigos, visitantes, contas, adesivos, rascunhos... muito lindo e poético durante alguns anos, mas chega uma hora que fica bem cansativo. Só que a minha vontade de arrastar todos os móveis de ter todo aquele trabalho de deixar tudo lisozzZZzZZzzZzz.........

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Então há alguns dias tive uma *brilhante ideia* que resolve, simultaneamente, a vontade de pintar e a necessidade de mudar a cara de uma parede: substituir os rabiscos de crianças antigos por rabiscos de criança grande!





Não me perguntem sobre materiais. Parte é combinação de cola e pó xadrez, e parte tem também tinta de parede a base d'água. Considerando a quantidade de giz de cera envolvida no desenho anterior e que, por enquanto, sequer me dei ao trabalho de lixar, não sei o que acontecerá em um prazo maior. Tudo bem, muitos artistas têm sua vontade de ser Leonardo da Vinci, e já que ser uma Tartaruga Ninja um mestre da Renascença é um pouco difícil (por motivos de: não, não estou na Renascença, só pra começar), é melhor pintar uma parede de modo tecnicamente duvidoso.

Talvez vocês gostem mais de desenho de criança pequena que de uma tentativa de Beatriz Milhazes feita pela Dona Cecília. Mas, como eu mencionei, as paredes estavam desgastantes com o tempo, e nem estava esteticamente bacana.



Além disso, é um projeto que me tomará muitos meses. É muito mais tempo que simplesmente pintar tudo liso, mas me deixará ocupada e motivada - e com certeza será muito, muito menos tedioso!

Pozdrav :D

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